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Nossa história
ASSOCIAÇÃO AFRO BRASILEIRA DE CULTURA ALÀGBA
A Associação Afro Brasileira de Cultura ALÀGBA é uma entidade sem fins lucrativos, cujo objetivo é apoiar e desenvolver ações e projetos nas áreas social, cultural, artística, da saúde, esportiva, ambiental, segurança alimentar e religiosa para os Povos e Comunidades Tradicionais de Matrizes Africanas - Candomblé e Afrobrasileiras, promovendo a reinserção e tendo como público-alvo todos os segmentos (família, criança, adolescente, adulto e idoso) e em especial os que se encontram em situação de risco social, tendo seu trabalho agregado às atividades de arte educação, dança e percussão e promoção de cursos profissionalizantes e etnodesenvolvimento sustentável.
A aproximação do universo, da arte e da cultura como experiência estética e como forma de ré-socializar do indivíduo, deu a Associação ALÀGBA a característica de difusor dos conceitos, costumes de Matrizes Africanas e Afrobrasileiras no Estado do Ceará, uma produção cultural energética e de grande qualidade técnica e artística.
É frequente escutar que no Ceará não há negros, que o fluxo de escravos era muito pequeno, pois é comum justificar a falta de escravos em um estado em que o ciclo do algodão foi muito rápido e que o gado era de extrema utilidade e com um comercio fronteiriço vasto entre Pernambuco, Maranhão, Piauí e Bahia. Considerando estas afirmações, usadas e esmiuçadas por uma elite preconceituosa, o movimento negro em nosso Estado fortaleceu sua bandeira contra a descriminação e apontou um número expressivo de afrodescendentes na periferia de Fortaleza e em mais de 80 comunidades Quilombolas, além de aproximadamente 100 Comunidades Tradicionais de Matrizes Africanas Candomblé, sem enumerar a vasta quantidade de Terreiros de Matrizes Afrobrasileiras, todos remanescentes de africanos.
Estes Territórios de pequenas Africas, foram fortalecidos em suas praticas ancestrais culturais e em busca de uma liberdade velada aos sons dos batuques no Beco da Apertada Hora e da Cachorra Magra, onde ser negro e livre poderia ser realidade para os que sempre foram marginalizados.
Com a criação da Lei 10.639/03, incentivou-se a pesquisa sobre o negro e sua história em todo o Brasil, o Ceará não fugiria desse caminho, sendo assim ao vigésimo sexto dia do mês de outubro ano de 2008 nasce a ASSOCIAÇÃO AFRO BRASILEIRA DE CULTURA ALAGBA, seria mais uma entidade do movimento negro de Fortaleza se não fosse por uma proposta inovadora de difundir a cultura e a história do povo negro do Ceará, especificamente, daí partimos não apenas para uma militância político-social, mas também para a promoção da igualdade racial através de cursos e palestras em que a cosmovisão africana e sua relação com a sociedade Cearense perpetuou um laços de africanidades culturais.
Certos e convictos de nossa atuação ingressamos em fóruns sociais como o Fórum de Entidades do Movimento Negro do Ceará – FEMNECE; Fórum Religioso Afro-Brasileiro do Estado do Ceará; Fórum Inter-religioso do Ceará, o REAJAN, o Coletivo Cultural de Matriz Africana IBILÉ que desempenha papel organizativo junto as Comunidade Tradicionais de Matriz Africana no Ceará, REDE KÔDYA: COMUNIDADES ORGANIZADAS DA DIÁSPORA AFRICANA PELO DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO; REMA - Rede de Matrizes Africanas,movimento de valorização da cultura afro-brasileira em âmbito nacional. Além de participação ativa em locais de dialogo com o governo como membros funcionais do controle social:
CONSELHO NACIONAL DE CULTURA – CNPC;
CONSELHO ESTADUAL DE CULTURA DO CEARÁ – CEPC/CE;
CONSELHO DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DO ESTADO DO CEARÁ;
CONSELHO DE POLÍTICAS DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL DO CEARÁ;
CONSELHO DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA;
CONSULTIVO DE POLÍTICAS DE INCLUSÃO SOCIAL – CCPIS/FECOP;
CONSELHO NACIONAL DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL - CNPIR;
CONSELHO NACIONAL DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL - CNPIR
Constituímos uma presença atuante na busca da preservação cultural afro-descendente e atuamos como entidade em seguimentos diversos como:
• NEGROS NO CEARÁ: História, Memória e Etnicidade (2008)
O Negro no Ceará: História e movimento
Org. Museu do Ceará
Local: Fortaleza/CE
• EMI YIO JÉ ORO: Comerei do Seu Conhecimento (2009)
Costumes, Saberes e Força do Povo Negro no Ceará
Org. Museu do Ceará
Local: Fortaleza/CE
• CONAPIR 2009 - II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial
Org. Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
Local : 25 a 28 de junho, em Brasília
• Reunião do Centro de Referência de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos para a Diversidade Religiosa – CRDHDR - 15 de Dezembro, no Auditório Murilo Aguiar da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, em Fortaleza
A grande empreitada cultural foi fomentada pela criação de um projeto social apoiado pelo programa Mais Cultura do Governo Federal, em 2009 ingressamos nas comunidades do Conjunto Palmeiras, São Cristóvão e Almirante Tamandaré com o Ponto de Cultura Afro Musica, atividades de Percussão, Construção de Instrumentos Percussivos, Dança Afro e Vídeo Aulas de Africanidades, geraram em um numero de 150 jovens atendidos uma relação com o ser negro Cearense que até então não conheciam, jovens de periferia, exclusos socialmente e que encontram na cultura afro uma forma de redirecionar suas vidas e não serem aliciadas pelo que a rua lhes proporciona de melhor, a marginalidade.
A partir deste projeto recebemos o PREMIO PONTOS DE VALOR, concedido pelo MinC, participamos da IV TEIA TAMBORES DIGITAIS-ENCONTRO NACIONAL DE PONTOS DE CULTURA, dos 50 ANOS DO MARACATÚ REIS DE PAUS, do SEMINARIO LATINOAMERICANO DE RADIO E EDUCAÇÃO: Vozes em Sintonia, dos 100 ANOS DO THEATRO JOSÉ DE ALENCAR, do SEMINÁRIO ALUSIVO AS COMEMORAÇÕES AO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA organizado pela Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social – STDS / Governo do Estado do Ceará, do I ENCONTRO DE MÚSICA PERCUSSIVA UFC Organizado pela Universidade Federal do Ceará e dá IX SEMANA PAULO FREIRE Organizada pelo Museu do Ceará.
Hoje ampliamos em parceria com o Coletivo Cultural de Matrizes Africanas IBILÉ e o Coletivo Yemonjá, espaços de organização social dos PCTMA (Povos e Comunidades Tradicionais de Matrizes Africanas - Terreiros) no Ceará, uma atuação no fortalecimento da cultura destes Povos, fomentando frequentemente, ações no Distrito de Boa Vista do Serpa em Aquiraz / CE.
Dentro de nosas ações, não fazemos proselitismo, nem político muito menos religioso, abrimos portas e janelas para o conhecimento cultural, promovemos momentos de relação com Maracatus, Escolas de Samba, Cordões de Africanos, além de proporcionar contato dos que não fazem parte dos PCTMA com: a língua, as cores e com modo de vida socialmente diferente do euro-centrista.
Na Associação ALAGBA, comungar com as diferenças e respeitar o seu próximo é o grande resultado.
Somos sabedores de nossa responsabilidade, em diluir preconceitos e gerar uma qualidade de vida melhor para nossos jovens, Mulheres e LGBTQIA+, que descobriram em ações promovidas por nossa entidade cores diversas e respeito nas diferenças, fortalecemos que para mudar tem de respeitar.